Olá! Começo bem o meu terceiro dia de Camp, ainda entusiasmada com tudo o que venho aprendendo, e com as trocas entre os colegas. Obrigada pela interação e pela curiosidade! Eu recebi perguntas sobre os cursos oferecidos no Metaforum. Os temas mais discutidos por aqui são: neurosistêmica, constelações sistêmicas estruturais, psicologia positiva, trabalhos sistêmicos de improvisação, coaching provocativo, facilitação, X-Change (estruturas de treinamentos e suas diferentes aplicabilidades), entre outros. Alguns destes temas, como a psiciologia positiva e neurosistêmica, serão oferecidos no Brasil, então fiquem ligados no site do Metaforum e no meu, pois também estou pensando em algo para vocês. Para vir para Abano, tem que considerar o idioma (Alemão), por isso é bom estar conectado com o calendário brasileiro. Ontem eu falei para vocês um pouco sobre “Priming”, e a possibilidade de focar a sua atenção para conseguir ativar os seus recursos, de modo a lhe colocar em um estado favorável a obtenção de melhores resultados. O uso do “Priming” sustenta o conceito da Autopoiesis (Varela e Maturana), que significa auto-gestão. Sim, segundo os conceitos da neurosistêmica, nós nos auto gerimos, ou seja, nós decidimos internamente como reagiremos às situações externas. Exemplificando de forma prática, se você tinha planejado ir a praia, e o dia amanhece chuvoso, você pode decidir como reagirá a este impulso, e mesmo que todos ao seu redor reajam de forma negativa e fiquem mau humorados, você ainda assim pode se decidir por outro estado, já que você se auto-gere. E por que isso é importante? Em processos de coaching, deve ficar claro para “ambos”, que o cliente tem a capacidade de ter os seus insights e ativar os seus recursos, e que apenas ele tem as soluções que precisa para suas realizações. Se pensarmos dessa forma, empoderamos o nosso cliente, e observamos em suas reações corporais involuntárias suas transformações durante o trabalho. Gostaria de compartilhar com vocês uma frase do Gunhter Schmidt que me chamou a atenção hoje: ele sugeriu um título para todos os que trabalham com desenvolvimento de pessoas, ele nos chamou de “Garçons da Realidade”, ou seja, como coaches, nós devemos oferecer aos nossos clientes o cardápio adequado ao seu momento, e só este deve ou não escolher o que desejar, assim como este terá o prazer de degustar o que pediu. Nós apenas oferecemos, perguntamos, convidamos. Ele finalizou a aula com a seguinte frase: “Alguns vendem nutela, nós vendemos realidade”. Hoje eu também tive uma dose de realidade, pois participei de um exercício prático como cliente. Fui convidada pelos colegas a deixar um pouco o lado cognitivo e aceitei. Apesar de ter pessoas experientes me guiando, eu estava no comando das minhas emoções, e tive insights fantásticos. É disso que se trata. Insights, novas ideias, novos pontos de vista. Auto-gestão. Vou voltar correndo para a aula, e amanhã trago mais novidades. Desejo a todos um excelente dia, e me escrevam com perguntas e observações! Anne K. |