No dia 17 de outubro de 2019 foi o meu aniversário. Eu completei 41 anos. Neste dia, eu não trabalhei. Ao invés disso, eu fui à praia com a minha família. Algo simples. Na verdade, essa cena foi um desejo que eu expressei quando eu ainda morava na Alemanha, 9 anos atrás.
Na minha última sessão de coach (eu era a coachee), a minha querida Teresa Thelen fez uma ponte ao futuro, e me perguntou onde eu me via quando os meus desejos estivessem realizados.
Eu me vi na praia (em João Pessoa). Eu via uma criança (hoje tenho duas). Eu estava ao lado de alguém (hoje tenho um companheiro incrível) e a sensação era de realização profissional (nem vou falar nada sobre isso).
Ao chegar em casa, tive um insight: O novo chegou. E agora?
Quando desejei tudo isso, eu morava em outro país e estava em fase de transformação. Eu sabia onde queira chegar, só não tinha ideia de como seria o processo, nem de quanto tempo iria levar. Muita coisa aconteceu, e quando eu me dei conta, eu não sabia mais por onde continuar.
E esse é o ciclo da vida. Desejar, construir, conseguir, reconstruir, renovar, buscar, se desafiar.
Não se trata de querer sempre mais, e sim de estar conectado com o que realmente importa. Quando se coloca energia em algo que se realiza, aquela energia precisa ser reinvestida, e para isso é importante que você esteja bem, centrado e conectado.
Por um momento, eu me vi com muita energia, e, de certa forma, atirando para várias direções.
Foi importante parar.
Foi importante me reconectar comigo e com o meu propósito.
Foi importante observar o meu novo sistema e as necessidades de todos ao redor.
Foi importante decidir.
Foi importante focar.
Isso tudo fez a diferença para mim e para o meu novo projeto, que é o Instituto K.
Quando Braz (meu querido diretor criativo), minutos antes de apertar o play da nossa transição, me perguntou se eu estava pronta, eu respondi:
Não. E vamos assim mesmo.
Eu fui. Com frio na barriga. Com dúvidas. Com certezas. Com muito amor. Eu fui.
E que venha o novo Novo.
Anne K.