O que você quer?

Imagine-se em um restaurante. Você recebe um cardápio e em seguida o garçom provavelmente vai perguntar qual é o seu pedido. Você pode querer esclarecer algumas questões sobre os ingredientes, e finalmente deve comunicar a sua escolha. Um processo simples. Quando você sai de casa para ir a um restaurante, você sabe que em algum momento vai ter que escolher o que quer comer. 

Agora já imaginou se nesse mesmo restaurante, ao invés de fazer o seu pedido, você responder: Eu não quero carne, não gosto de cebola e não como bife malpassado. O garçom vai te ouvir atentamente, vai compreender a informação, e ainda assim ele não vai saber o que servir se você não escolher dentre as opções.

Essa metáfora do restaurante é perfeita para exemplificar o que acontece no dia a dia. Sem perceber, muitas pessoas se tornam “especialistas em sofrer”, elencando frustrações, dores e problemas sem fim, e ao serem questionadas sobre o que querem, a maioria delas responde de forma vaga e evasiva: Quero parar de sofrer. Algumas são mais otimistas e dizem: Quero ser feliz. As duas respostas têm algo em comum, que é a falta de clareza sobre o que você realmente quer.

O mesmo esforço que se gasta para elencar o que não quer pode ser usado em prol da busca pela solução ideal, ou pelo menos para se pensar em possibilidades que façam sentido. O cérebro vai trabalhar a seu favor, ou seja, quanto mais objetivo e claro você formular o seu pedido, maior a probabilidade de você ficar satisfeito com o que receber.

Se você tem um desejo, vá além. Formule em detalhes e com clareza o que deve acontecer, quando, como e com quem. Ao invés de se apegar ao problema, foque na solução e seja um especialista em resolver. Vai ser mais útil, eu garanto.

Anne K.

 

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