Paro um pouco.
Pergunto.
Ouço.
Reflito.
Eu aguardo. Aguardo o tempo certo do processo. Repito a pergunta, reconstruo a frase, mudo a minha posição. Eu monto um quebra cabeça. Sem pressa. Sem hora para começar e para terminar.
Não foi sempre assim. Era inquieta. Achei que precisaria visitar lugares novos para ser nova. Vivi pela Europa um bom tempo. Claro, foi ótimo. Aprendi novas formas de viver e agucei o olhar. Quer saber um segredo? Só consegui mudar as coisas ao meu redor quando cheguei perto delas. As respostas não estavam longe daqui.
Quando eu voltei para o Brasil, comecei a conversar com as pessoas com um jeito mais próximo, de perto. Não adiantava falar disso ou daquilo que funciona “lá fora”. Percebi que era mais importante entrar no mundo delas e entender o que elas, de fato, precisavam.
Toc toc toc, eu posso entrar? Bati em muitas portas. Entrei no mundo das empresas e me conectei com as suas necessidades, suas angústias. Me conectei intensamente, verdadeiramente. Foi assim que eu olhei e vi.
Por isso, hoje, eu posso dizer: a experiência aconselha e o dia a dia ensina. E como ensina. Aprender é orgânico, se você aprende a ver.
Para terminar, deixo vocês com o Padre Antônio Vieira e um conselho: leia a frase, feche os olhos e abra a porta para você entrar.
“Não basta ver para ver, é necessário olhar para o que se vê.” *
Anne K.
*Sermão da Quinta Quarta-feira da Quaresma.