Sim ou Não?

Sim e não: duas pequenas palavras que podem causar bastante desconforto, ansiedade e insegurança. Quem está na posição de responder sim ou não para algo importante, muitas vezes, se questiona sobre as possíveis consequências positivas ou negativas do seu ato.

 

Independente do grau de desconforto que essas duas palavrinhas possam causar, temos questões diárias que necessitam de respostas: ir ou não a uma festa, aceitar ou não um emprego, acabar ou não um casamento, começar ou não um projeto novo? A cada sim, abre-se uma gaveta, uma possibilidade, uma oportunidade. A cada não, acontece o mesmo.

 

Quando se diz não para algo, se diz sim para outro algo. Se eu decido não ir à festa, vou a algum outro lugar. Se eu não aceito um emprego, eu abro espaço para muitas outras possibilidades. Se eu decido não acabar o meu casamento, eu digo sim para o meu companheiro. Se eu não começo um projeto novo, eu posso me dedicar mais aos projetos antigos.

 

No fundo, sim e não são apenas palavras. O que gera toda essa inquietação são as consequências que as escolhas vão trazer. Muitas vezes, as dúvidas são apenas a “maquiagem” usada para justificar as emoções, os receios, as inseguranças. Isso acontece, principalmente, quando as dificuldades em resolver os dilemas tomam como base os sentimentos de terceiros, que não se pode magoar ou decepcionar, por exemplo. Ou seja, o foco sai do protagonista e vai para os coadjuvantes.

 

E por falar em protagonismo, vamos introduzir uma palavrinha que ainda não foi citada neste texto e que vai fazer toda a diferença a partir de agora: coerência. Ser coerente é estar a serviço de algo que faz sentido para você e, por isso, lhe dá coragem de se posicionar, de seguir firme na direção das escolhas que você fez e de estar disposto a lidar com as consequências. Se essas palavras forem utilizadas de forma coerente, elas terão força suficiente para sustentar qualquer tipo de desconforto. Assim, dizer não para um convite incrível de um grande amigo, porque você está bastante envolvido no projeto dos seus sonhos, é coerente. O seu amigo vai ter que lidar com o desconforto causado pelo não que ele ouviu e você vai continuar focando no seu projeto, preservando, assim, a amizade.

 

Resumindo, fazer escolhas faz parte da vida. Elas não precisam ser boas ou ruins, certas ou erradas. Elas devem ser encaradas, apenas, como necessárias. O convite principal desse texto é à mudança do foco da sua atenção: ao invés de colecionar dilemas, invista em desenvolver um conceito de vida que lhe agrada, que lhe contempla, que faça o seu olho brilhar. Quando esse conceito estiver bem definido para você, dizer sim ou não vai ganhar outro peso. Acho até que você vai descobrir que estas duas palavras nem são tão opostas assim. E aí ? Você aceita esse convite para mudar o seu foco da sua atenção?

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